domingo, 29 de janeiro de 2012

Senhor Das Moscas - Pitty e Cascadura



Tu, que escondes o Amor do qual é detentor há milhões de diasTu que é próprio da dor, dela é professor e de natureza arredia
Ooh! Meu velho me salva! Me livra da mágoaTransforma em asas minha cruz
Tu que é da rejeição me traz proteção, me leva consigoTu que, assim como eu, nunca aprendeu o que é temer um inimigo
Ooh! Meu velho me salva! Me livra da mágoaTransforma em asas minha cruzSenhor das Moscas, nas horas mais loucas de escuridão me acende a luz
Tu de rosto marcado, que mantém guardado embaixo desse seu capuzTu que é força e valor, que é nobreza e pavorMostra aqui se eu te faço jus 


domingo, 15 de janeiro de 2012

Amor e Ódio


Eu te amo, com todo ódio que tenho, amo com o mais suave dos venenos com o mais doce sentimento, com a dor mais profunda de alguém [que] chora em silêncio.

Eu te amo com todo ódio que tenho!  
Amo com a fragilidade de uma flor amo com a força de um guerreiro.

Eu te amo e te odeio! com todos os sentimentos como a tempestade que passa como o assobio de um leve vento.

Eu te odeio, porque amo demais este amor que tenho!

Leni Martins

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Um Sonho Num Sonho

Blog de mundogotico :۩ ۞ ۩ POEMAS & POESIAS ۩ ۞ ۩, UM SONHO NUM SONHO
Este beijo em tua fronte deponho!Vou partir. E bem
pode, quem parte, francamente aqui vir confessar-te que
bastante razão tinhas, quando comparaste meus dias a
um sonho. Se a esperança se vai, esvoaçando, que me
importa se é noite ou se é dia... ente real ou visão fugidia?
De maneira qualquer fugiria. O que vejo, o que sou e
suponho não é mais do que um sonho num sonho. Fico em
meio ao clamor, que se alteia de uma praia, que a vaga
tortura. Minha mão grãos de areia segura com bem
força, que é de ouro essa areia. São tão poucos! Mas,
fogem-me, pelos dedos, para a profunda água escura. Os
meus olhos se inundam de pranto. Oh! meu Deus! E
não posso retê-los, se os aperto na mão, tanto e tanto?
Ah! meu Deus! E não posso salvar um ao menos da
fúria do mar? O que vejo, o que sou e suponho será
apenas um sonho num sonho?

A Dança




Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio ou
flecha de cravos que propagam o fogo: te amo
secretamente, entre a sombra e a alma. .
Te amo como a planta que não
floresce e leva dentro de si, oculta, a luz
daquelas flores, e graças a teu amor vive escuro em
meu corpo o apertado aroma que ascender da terra. .
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te
amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim
te amo porque não sei amar de outra maneira, .
Se não assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha tão
perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Não Espere a Mágoa para pedir Perdão...

Teus olhos
É possível saber o que pensas, somente te olhando
É possível ver que me desejas
É possível ver me queres só para ti
É possível que eu veja como você me protege
Vigia-me
Persegue-me
Somente com teu olhar...
E quando encontra o meu então...
Ninguém pode segurar
Ninguém irá afastar
Ninguém irá me tirar
Esse sentimento que cultivei
E todas as noites que não te beijei
Nem te abracei.
Serás para sempre
Guardado na minha lembrança.
Vou passar o resto dos meus dias
Olhando você sorrir...
Coisa que eu já faço
Pois o amor me permite tê-lo
Permite-me vê-lo
E senti-lo a metros de distância
Pois em qualquer circunstância
Seu olhar está lá
Sempre a me procurar...
E
Estarei aqui...

DEUSA



"Que cada Lua Cheia me encontre a olhar para cima, 
Dançando com os espíritos no ar, 
Além do círculo luminoso da vida, 
Nas árvores desenhadas no céu luminoso. 
Deusa da noite que me ilumina, 
Tome conta de nossos dias, 
Permaneça ao meu lado. 
Que eu possa me aproximar dos altos trabalhos da Terra 
E dos círculos de pedra, 
Que meu olhar seja direto e minha mão firme, 
Sem medo de enfrentar meu próprio reflexo. 
Abrace os mortos, 
Fique ao seu lado, 
Tome conta de nossos dias, 
É o fim. 
Não temas! 

Sinta as sombras no seu coração,

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Poesia do silêncio


Nestas horas mortas que a noite cria, entre um e outro verso do pavoroso poema, que sob a pálida luz de uma vela eu lia, me chegavam antigas lembranças de um dilema.
Quanto amargo e dissabor o silêncio produz!  Entre as sombras vacilantes da noite, chegam em formas indefinidas, que sobre minha cabeça pairam, aves e outras criaturas aladas que de infernal recônditos alçam vôo até minha mente, a perturbar minh’alma.
Essas formas indefinidas das sombras criadas pelo medo, ocupando o vazio do meu ser, preenchendo o que antes era de sentimentos sublimes e, agora, somente o sentimento de dor. O que antes era alegria, agora é tão somente o dissabor.
Que pena paga um condenado pelos sentimentos! Oh, agonia incessante. Que martírios mais terei que suportar? Como um medo tão latente do desconhecido, pode tanto me apavorar? Será do vazio de minha alma que sinto medo? Ou do esquecimento do meu ser, por outro já amado?
Não é do fim da vida que treme minha alma, mas do fim do sentir-se bem eterno. Não mais existir não é tão doloroso quanto o existir sem ser notado, ou amar sem ser amado, ou perder o que jamais será recuperado.

Ai de quem Ama


Quanta tristeza
Há nesta vida
Só incerteza
Só despedida

Amar é triste
O que é que existe?
O amor

Ama, canta
Sofre tanta
Tanta saudade
Do seu carinho
Quanta saudade

Amar sozinho
Ai de quem ama
Vive dizendo
Adeus, adeus